HISTÓRICO: O primeiro cientista a ver o protozoário causador dessa parasitose, ao microscópio ótico que ele mesmo havia inventado, foi Leeuwenhoek, que verificou também estar ele próprio infestado. Porém, quem primeiro descreveu esse parasita foi Lambl, no ano de 1859 que na ocasião denominou-o de Cercomonas intestinalis. Mais tarde, Stiles colocou-o no gênero Giárdia e de acordo com as regras internacionais de nomenclatura, o nome correto para o agente causal dessa doença é: Giardia lamblia.
MORFOLOGIA: Tem esse protozoário flagelado, o corpo em forma de uma pêra; arredondado anteriormente, delgado posteriormente, medindo 10 a 30 micra de comprimento por 5 a 15 de largura. Na face ventral encontra-se, de cada lado, um disco em forma de ventosa, quase circular, por meio dos quais o parasita se fixa à superfície das células epiteliais dos intestinos de seus hospedeiros parasitados. Tem ainda esse protozoário, quatro pares de flagelos(caudas), que se acham dispostos simetricamente com origens em blefaroplastos de disposições descritas de maneiras diversas por vários observadores. Tem também dois núcleos esse protozoário e não possui citóstoma. Tais protozoários flagelados multiplicam-se por um processo complicado de divisão longitudinal. A Giárdia se enquista e seus cistos tem a forma ovóide e em indivíduos enquistados, podem-se ver os flagelos movendo-se dentro dos cistos. Tais formas enquistadas são muito comumentemente encontradas nas fezes de indivíduos parasitados. Só quando as fezes se apresentam diarreicas é que esse parasita se apresenta na forma chamada livre(vegetativa). Vistos a fresco(em exame direto ao microscópio ótico) são muito transparentes, necessitando corantes especiais para sua visualização, ou então exame em Campo Escuro(Cardióide) para sua perfeita visualização.
TRANSMISSÃO: Dá-se por intermédio de alimentos ou bebidas contaminadas com fezes contendo cistos do flagelado. Tais cistos são muito resistentes ao meio externo. Vários autores, entre eles Roubard e Root(1921), verificaram a permanência de cistos vivos durante 24 horas no intestino da mosca, capaz, por meio de dejeções, de disseminar o parasita. Tejera em 1925 demonstrou a possibilidade desse parasita ser disseminado pelas fezes de baratas. Samuel B. Pessoa(Brasil), demonstrou que as baratas domésticas, coprófagas, podem se alimentar de fezes humanas e expelir, em suas dejeções cistos viáveis de Giárdia até 7 dias após a alimentação, bem como disseminar cistos por regurgitamento do material ingerido.
EPIDEMIOLOGIA: A Giárdia é um parasita cosmopolita e o mais freqüente dos flagelados parasitas do intestino do homem, de também de algumas espécies animais como cães, cavalos, cabras, coelhos, cobaias e algumas aves.
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA: Vários patologistas e parasitologistas de renome, como Graig, não admitem o papel patogênico da Giárdia. Culbertson(1942) fala da ocorrência de Giárdias nas fezes de pessoas apresentando dores abdominais bem como da inflamação da vesícula, freqüentemente observada; porém, geralmente, a Giárdia desenvolve-se no intestino em associação com outros agentes patogênicos, tais como Entamoeba histolytica, provavelmente a responsável pela sintomatologia, apresentada nesses casos. Assim, segundo tal autor, a Giárdia não pode ser responsabilizada pela doença. Entretanto, tomando-se por base observações muito cuidadosas, em que foi eliminada a possibilidade de outras espécies patogênicas, sem dúvida alguma a Giardia lamblia, em determinados casos, é agente causal de perturbações para o lado do aparelho digestivo. O próprio Craig descreveu milhares de trofozoítas de Giárdias nas criptas duodenais, inseridas as células por meio de seus discos sugadores, produzindo irritações superficiais ou agravando uma condição inflamatória existente, ocasionando assim, diarréia crônica. Clinicamente a doença apresenta em primeiro lugar, perturbações dolorosas não apenas para o lado intestinal quanto também para o lado do fígado, semelhantes aos de litíase vesicular. Quando de localização duodenal determinam duodenite, com dores na região epigástrica e simultânea perturbação do tipo dispéptico(vômitos). O homem parasitado, queixa-se de azias, náuseas, digestão difícil. As fezes diarreicas, apresentam-se líquidas, ou então moles com a consistência de mingau, muito fétidas, as vezes de coloração esverdeada. É também muito discutida a questão da Giardiose vesicular. Pietro Allodi, relata casos de colescistites por Giárdia, com sintomatologia simuladora de colelitíase, mas com o diagnóstico baseado na presença de Giárdias na bile.
TERAPÊUTICA: Vários produtos tem indicação no tratamento dessa parasitose, sendo os mais eficientes aqueles a base de atebrina, um derivado da acridina, ministrado na forma de comprimidos por cinco dias seguidos. Existem também novos quimioterápicos, igualmente eficientes contra o parasita.
OBSERVAÇÕES FINAIS: É importante que o criador ou mero afeiçoado de cães não se preocupe em demasia com esse tema, quanto outros similares, sob pena de tornar-se doente imaginário, começando por enxergar doenças até em sua própria sombra, o que então será motivo de preocupação, agora não apenas sob o ponto de vista somático como também psicológico. Moderação necessária e bom senso são indispensáveis portanto. No mundo estamos cercados por outros seres, que como nós também necessitam e lutam para viver. Nossa vida deve ser compartilhada com todos, somente não devemos impassivelmente permitir, que outros seres vivos, alguns deles nocivos, ultrapassem os limites dessa co-participação universal.
Fonte:http://www.saudeanimal.com.br
MORFOLOGIA: Tem esse protozoário flagelado, o corpo em forma de uma pêra; arredondado anteriormente, delgado posteriormente, medindo 10 a 30 micra de comprimento por 5 a 15 de largura. Na face ventral encontra-se, de cada lado, um disco em forma de ventosa, quase circular, por meio dos quais o parasita se fixa à superfície das células epiteliais dos intestinos de seus hospedeiros parasitados. Tem ainda esse protozoário, quatro pares de flagelos(caudas), que se acham dispostos simetricamente com origens em blefaroplastos de disposições descritas de maneiras diversas por vários observadores. Tem também dois núcleos esse protozoário e não possui citóstoma. Tais protozoários flagelados multiplicam-se por um processo complicado de divisão longitudinal. A Giárdia se enquista e seus cistos tem a forma ovóide e em indivíduos enquistados, podem-se ver os flagelos movendo-se dentro dos cistos. Tais formas enquistadas são muito comumentemente encontradas nas fezes de indivíduos parasitados. Só quando as fezes se apresentam diarreicas é que esse parasita se apresenta na forma chamada livre(vegetativa). Vistos a fresco(em exame direto ao microscópio ótico) são muito transparentes, necessitando corantes especiais para sua visualização, ou então exame em Campo Escuro(Cardióide) para sua perfeita visualização.
TRANSMISSÃO: Dá-se por intermédio de alimentos ou bebidas contaminadas com fezes contendo cistos do flagelado. Tais cistos são muito resistentes ao meio externo. Vários autores, entre eles Roubard e Root(1921), verificaram a permanência de cistos vivos durante 24 horas no intestino da mosca, capaz, por meio de dejeções, de disseminar o parasita. Tejera em 1925 demonstrou a possibilidade desse parasita ser disseminado pelas fezes de baratas. Samuel B. Pessoa(Brasil), demonstrou que as baratas domésticas, coprófagas, podem se alimentar de fezes humanas e expelir, em suas dejeções cistos viáveis de Giárdia até 7 dias após a alimentação, bem como disseminar cistos por regurgitamento do material ingerido.
EPIDEMIOLOGIA: A Giárdia é um parasita cosmopolita e o mais freqüente dos flagelados parasitas do intestino do homem, de também de algumas espécies animais como cães, cavalos, cabras, coelhos, cobaias e algumas aves.
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA: Vários patologistas e parasitologistas de renome, como Graig, não admitem o papel patogênico da Giárdia. Culbertson(1942) fala da ocorrência de Giárdias nas fezes de pessoas apresentando dores abdominais bem como da inflamação da vesícula, freqüentemente observada; porém, geralmente, a Giárdia desenvolve-se no intestino em associação com outros agentes patogênicos, tais como Entamoeba histolytica, provavelmente a responsável pela sintomatologia, apresentada nesses casos. Assim, segundo tal autor, a Giárdia não pode ser responsabilizada pela doença. Entretanto, tomando-se por base observações muito cuidadosas, em que foi eliminada a possibilidade de outras espécies patogênicas, sem dúvida alguma a Giardia lamblia, em determinados casos, é agente causal de perturbações para o lado do aparelho digestivo. O próprio Craig descreveu milhares de trofozoítas de Giárdias nas criptas duodenais, inseridas as células por meio de seus discos sugadores, produzindo irritações superficiais ou agravando uma condição inflamatória existente, ocasionando assim, diarréia crônica. Clinicamente a doença apresenta em primeiro lugar, perturbações dolorosas não apenas para o lado intestinal quanto também para o lado do fígado, semelhantes aos de litíase vesicular. Quando de localização duodenal determinam duodenite, com dores na região epigástrica e simultânea perturbação do tipo dispéptico(vômitos). O homem parasitado, queixa-se de azias, náuseas, digestão difícil. As fezes diarreicas, apresentam-se líquidas, ou então moles com a consistência de mingau, muito fétidas, as vezes de coloração esverdeada. É também muito discutida a questão da Giardiose vesicular. Pietro Allodi, relata casos de colescistites por Giárdia, com sintomatologia simuladora de colelitíase, mas com o diagnóstico baseado na presença de Giárdias na bile.
TERAPÊUTICA: Vários produtos tem indicação no tratamento dessa parasitose, sendo os mais eficientes aqueles a base de atebrina, um derivado da acridina, ministrado na forma de comprimidos por cinco dias seguidos. Existem também novos quimioterápicos, igualmente eficientes contra o parasita.
OBSERVAÇÕES FINAIS: É importante que o criador ou mero afeiçoado de cães não se preocupe em demasia com esse tema, quanto outros similares, sob pena de tornar-se doente imaginário, começando por enxergar doenças até em sua própria sombra, o que então será motivo de preocupação, agora não apenas sob o ponto de vista somático como também psicológico. Moderação necessária e bom senso são indispensáveis portanto. No mundo estamos cercados por outros seres, que como nós também necessitam e lutam para viver. Nossa vida deve ser compartilhada com todos, somente não devemos impassivelmente permitir, que outros seres vivos, alguns deles nocivos, ultrapassem os limites dessa co-participação universal.
Fonte:http://www.saudeanimal.com.br
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